Graças ao apoio dos padrinhos e donativos, sob a orientação do Venerável Amchok Rinpoche, a tradição iniciada por Tulku Lobsang continua viva e sustentável.
Este projecto de apadrinhamento tem como objectivo providenciar, a estes recém-chegados meninos e futuros monges, as necessidades básicas como: alimentação, cuidados médicos e alojamento em Sockpa Khangtsen, é através do generoso apoio dos padrinhos, na forma de um programa de patrocínio de bolsas de estudo e donativos que isto é possível de forma sustentável.
Neste momento, o Venerável Amchok Rinpoche é o responsável máximo pelo mosteiro e foi/é um dos principais mestres de Tulku-la. O próprio Tulku Lobsang viveu e estudou alguns anos em “Sockpa house” (como os monges carinhosamente se referem à escola).
Em 2014, quando visitei o Sul da Índia em peregrinação com Tulku Lobsang, ficamos alojados numa Guest House do Mosteiro onde Rinpoche estudou, dentro do território cedido pelo governo indiano aos refugiados tibetanos.
Foi uma experiência indescritível e enriquecedora, viver o ambiente de mosteiro, participar e acompanhar as atividades diárias dos monges.
Durante esta estadia, surgiu a ideia e a vontade de apoiar os monginhos através de bolsas de estudo com apadrinhamentos.
“Sonia Peixoto”
Gaden Shartse (no Sul India, perto de Bangalore) é como a Universidade monástica, dentro deste recinto há vários departamentos/faculdades, Sockpa Khantsen é um dos mais pequenos. Imagine uma herdade tipo condomínio, em que se passa um portão e temos….
Gompa do lado esquerdo de um departamento de estudos, Gompa do lado direito de outro…. dormitórios dos monges…. zona de estudo e prática, cozinha, refeitórios, pátios de debate… tudo dentro do mesmo recinto, precisamos de carro ou rickshaw para nos deslocarmos lá dentro. É como uma vila tibetana completamente cercada, dentro de uma vila indiana.
Este mosteiro Gaden Shartse é uma réplica de uma estrutura monástica outrora existente no Tibete.
Sockpa Khangtsen abriga cerca de 200 monges que estudam o Dharma budista. Muitos deles são crianças tibetanas, entre 3 e 13 anos, que atravessaram os Himalaias em duras condições — enfrentando frio extremo, fome e o risco constante de serem descobertas pelo exército chinês — para chegar à Índia.
Movidos pela esperança de ver o Dalai Lama e estudar livremente o Dharma, deixam suas famílias para preservar a cultura e o conhecimento tibetano. Os que sobrevivem à perigosa travessia recebem cuidados médicos e acolhimento em mosteiros sob a orientação do Governo tibetano no exílio. Todos os anos, novos meninos continuam a chegar a Sockpa Khangtsen, mantendo viva essa jornada de fé e coragem.